Laboratório de Manejo de solos – LAMAS/UFU

Origem e serviços executados

O solo é um dos recursos essenciais à vida que a natureza nos oferece gratuitamente para que, sobre ele e pelo seu uso, possa ser desenvolvida toda e qualquer forma de vida, seja ela micro ou microbiológica, vegetal e animal.

É originado a partir do intemperismo das rochas por ação dos agentes físicos, químicos e biológicos. Cada local ou região, em função do tipo da rocha de origem, atuação de outros fatores ou agentes como o clima (temperatura e água), organismos vivos (vegetal, animal e microbiológica), condições da topografia e relevo (plano ou inclinado) em um tempo geológico (> 400 anos) irá apresentar diferentes tipos de solos, como: rasos ou profundos, argilosos ou arenosos, cores que variam desde o vermelho até o preto, maior ou menor acidez, maior ou menor fertilidade, etc.

Tais condições e atributos implicam em maior ou menor sucesso no uso e diferentes necessidades de investimento para seu melhoramento e conservação.

 SOLO MADURO

Em função de ser originado exclusivamente do intemperismo das rochas e da pedogênese, o tempo de amadurecimento do solo é muito longo. Daí a responsabilidade humana no seu uso e manejo, para deixar para as próximas gerações este recurso natural, cuja taxa de recuperação é extremamente lenta e de elevado custo social e financeiro.

A possibilidade de existir um solo ideal em todos os aspectos, sem necessidade de melhoramento ou conservação, é quase inexistente.

Daí a necessidade de fazer o diagnóstico por meio de diferentes tipos de análises em campo e/ou laboratório, sejam elas de natureza química, física ou físico-química, de modo a promover e cultivar a vida sobre ele.

Da correta interpretação dos resultados das análises feitas em laboratórios de qualidade comprovada, pode-se extrair o grau de limitação ou da adequação dos vários atributos do solo que condicionam a aptidão para os diferentes usos que dele podem ser feitos. Identificada a existência de limitações, estas devem ser reduzidas com práticas inovadoras e exitosas que garantam seu uso e conservação.

 ALERTA

Dado ser um recurso renovável muito suscetível à degradação e muito, mas muito mesmo, lento na sua recuperação, o uso, seja para qual for a finalidade, deve ser feito com base no estudo da sua vocação (aptidão) para determinado uso, bem como das práticas de mitigação da interferência.

Para qualquer situação, seja para o uso, recuperação e/ou mitigação da interferência antrópica, a correta amostragem, bem como a análise preliminar no campo e em seguida do laboratório, precisam ser adequadas e confiáveis para que o projeto para o seu uso seja sempre sustentável.

As investigações de campo e, principalmente, de laudos de laboratório, devem ser executadas por profissionais específicos a cada modalidade de uso que será realizada. Portanto, a formação profissional e a experiência prática são a base para uma correta análise, caracterização e interpretação dos atributos e/ou características de natureza física, química, físico-química, mecânica, hidráulica e de deformabilidade dos solos e seus materiais.

 CONFIABILIDADE

A investigação de resultados obtidos em laboratórios a partir de amostras confiáveis é essencial, pois é ela que complementa a investigação de campo, visando um entendimento melhor do comportamento do solo no campo e permitindo avaliar a coerência nos resultados de diferentes possibilidades de correção ou mitigação.

Resultados analíticos químicos, físicos, físico-químicos e geotécnicos de solos, obtidos em laboratórios, aparecem na literatura há algumas centenas de anos em todas as partes do mundo.

Na região do Triângulo Mineiro e outras regiões do entorno, o laboratório de Manejo de Solos, do Instituto de Ciências Agrárias/UFU

– LAMAS, iniciou suas atividades junto ao já existente Laboratório de Fertilidade do Solo, Adubos e de Análise Foliar no início de 1987.

 EVOLUÇÃO DO LABORATÓRIO

Inicialmente, este laboratório agregado ao de fertilidade do solo cuidava de atender as aulas, as pesquisas e as demandas da sociedade com análises de densidades de solo, infiltração de água e composição textural.

Estas determinações, destinadas aos produtores e empresas que as demandam, forneciam informações sobre infiltração de água, compactação e a granulometria – que identifica o percentual existente em cada solo de areia, silte,e argila e, a partir daí a classe textural (arenoso, médio ou argiloso) – importante e necessária para os diversos tipos de usos e manejo.

Para uma correta interpretação da necessidade de correção da fertilidade do solo por meio de uma análise química, assim como da aplicação e movimentação de defensivos agrícolas, contaminação de cursos e lençóis freáticos de água, o conhecimento da composição granulométrica e de densidade de solo, os dados produzidos em laboratórios são imprescindíveis.

A partir da década de 1990, com a aquisição de inúmeros equipamentos, foi destinada uma área predial física com mais de 100 m2, sendo então separado do Laboratório de Fertilidade e ampliado o tipo, a quantidade e o público atendido com as análises pelo LAMAS.

A partir daí, deu-se início, além das aulas práticas para os cursos de graduação em Engenharia Agronômica, Engenharia Ambiental e Sanitária, Zootecnia, diversas pesquisas de alunos de graduação (I.C., TCC, convênios), de mestrado e doutorado, enorme extensão para prestação de serviços diversificados para os órgãos de fiscalização ambiental, empresas, cooperativas, prefeituras, produtores e a toda sociedade que o demandava.

 TECNOLOGIAS

O LAMAS é dotado de aparelhos e equipamentos adequados e de metodologias geralmente em conformidade com as prescritas e recomendadas pela NBR/ABNT, Embrapa e outras consagradas ou atendendo às demandas do solicitante.

O LAMAS executa e emite laudo com ou sem a ART/Crea-MG para empresas públicas e privadas, produtores e órgãos de fiscalização. A pedido, também interpreta os resultados analíticos. As análises de solo realizados pelo LAMAS são:

1   – Infiltração de água no solo pelo método do duplo anel, conforme a Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017.

2 – Condutividade hidráulica pelo permeâmetro de carga constante e variável, conforme a Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017;

3  – Densidade ou/ou peso específico aparente pelos métodos do anel volumétrico, torrão parafinado, saran; método da proveta e da escavação, conforme a Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017;

4 – Densidade Real ou Peso Específico dos grãos pelo método do picnômetro, balão volumétrico e álcool, conforme Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017;

5   – Análise Granulométrica ou textural, conforme ABNT NBR 7182 e DNER-ME 051/64, Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017, modificado;

6  – Consistência do solo (friabilidade, limites de liquidez e de plasticidade) pela NBR/ ABNT 6459/7180 e Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017, modificado.

7  – Compacidade ou compactação de solo com uso do proctor Normal, pelo método ABNT NBR-7182/2016 e DNER 162/94;

8  – Umidade do solo pelo método do cilindro, gravimétrico e tensiômetro, conforme Embrapa ABNT NBR 6457/2016, Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017;

9 – Resistência do solo à penetração da agulha de cone pelo penetrômetro de impacto e de bancada por pressão hidráulica – método Stolf e Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017;

10  – Macro, micro, porosidade total e vazios do solo – mesa de tensão, membranas de Richards, conforme Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017 e ABNT NBR;

11   – Capacidade de Campo (CC) e Ponto de Murcha Permanente, conforme Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017 e Paulino et al, 1996;

12 – Monitoramento da umidade do solo no campo e recomendação da irrigação pelo Método da centrífuga e tensiometria, conforme Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017;

13  – Estabilidade de agregados via úmida e seca, conforme Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017;

14    – Capacidade de Campo (CC) e Ponto de Murcha Permanente, conforme Embrapa – Manual de Métodos de Análise de Solo, 2017 e Paulino et al, 1996;

Contatos: secretaria ICIAG/ UFU (34) 2512-6700/6701; Resp. técnico prof. Elias – elias@ufu.br, whats (34) 99928-0444; Técnico Marcelo – marceloardias@yahoo.com.br, lamasufu@gmail.com 

Elias Nascentes Borges

Doutor e professor titular – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Marcelo Alves da Rocha Dias

Técnico do Lamas, engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia – UFU